MinDef estuda nova legislação para o emprego das FAs em ações urbanas

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O ministro da Defesa, Nelson jobim, disse ontem no Rio que deverá apresentar até julho uma proposta para a criação de um estatuto jurídico especial para o emprego das Forças Armadas na Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em situações de crise. Na prática, a legislação regularia o uso de tropas federais em ações urbanas de segurança pública. O ministro quer evitar que militares sejam processados pelo resultado de ações em áreas conflagradas diante do vácuo jurídico sobre o tema.

“Precisamos ter um estatuto jurídico próprio para não reproduzir os problemas jurídicos que surgiram contra soldados e sargentos que atuaram na operação em favelas do Rio entre 1994 e 1995”, disse o ministro, em entrevista após a cerimônia militar do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial. jobim se referiu à Operação Rio, que levou homens do Exército a favelas diante de uma escalada de violência. A operação, que terminou sem resultados significativos, foi autorizada pelo então presidente Itamar Franco, mas gerou processos individuais na Justiça comum movidos por supostos prejudicados pela ação de soldados, sargentos e oficiais de baixa patente.

Jobim informou que trabalha na redação para o estatuto especial e pretende discuti-lo no governo até o fim do semestre para levar o tema a debate nas comissões de Defesa e Relações Exteriores do Senado e da Câmara dos Deputados. Ele não informou, no entanto, se a regulamentação poderá ser feita por projeto de lei ou emenda constitucional. “Espero ter um desenho inicial para fazer um debate com a sociedade em julho”, disse o ministro. “Seria retirar a disciplina jurídica do direito comum para uma regra especial.”

Haiti

Durante a cerimônia no Monumento aos Mortos da Segunda Guerra, na zona sul do Rio, Jobim condecorou autoridades do Haiti, onde o Brasil lidera a força de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) desde 2004, a um custo anual de cerca de R$ 130 milhões. Anteontem, numa palestra no Clube Militar, o ministro havia elogiado os resultados da missão brasileira naquele país, que conseguiu enfraquecer gangues que dominavam favelas de Porto Príncipe. “No Haiti, demonstramos que temos expertise em ações em áreas urbanas”, afirmou.

Ontem, o ministro disse que não há plano para usar as Forças Armadas na pacificação de áreas violentas do Brasil, como as favelas do Rio, mas defendeu que o instrumento jurídico para essa possibilidade seja firmado. “Essa é uma decisão do presidente da República”, afirmou, indicando que não haverá alteração dos pressupostos que permitem a intervenção federal nos Estados com o envio de tropas federais. Seria uma legislação específica para a atuação, depois desse primeiro passo já estabelecido na Constituição.

O ministro é contra o emprego prolongado das Forças Armadas sem um respaldo jurídico além da Lei Complementar 117, de 2004, que regula as condições de emprego das Forças Armadas mas é vaga sobre as atribuições nas ações. O estatuto especial seria uma forma de dar mais tranquilidade aos militares nesse tipo de ação, como a convocada para dar segurança à campanha eleitoral no Rio no ano passado.

FONTE: O Estado de São Paulo

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Super Hornet
Super Hornet
15 anos atrás

Excelente notícia, cada vez mais o Ministério da Defesa está caminhando em direção ao correto e em defesa do Brasil e pensando nos homens que os defendem!

Semper Fidelis

João Curitiba
João Curitiba
15 anos atrás

Apesar de algumas bolas fora, natural de todo político, o ministro Jobim revela que está sendo bem assessorado no que diz respeito às FAs.

Antonio
Antonio
15 anos atrás

Esse governo está cheio de HIPÓCRITAS !!! As forças armadas podem atuar e “pacificar” favelas no Haiti mas não podem fazer o mesmo no Brasil … Por qual motivo ?????

Hudson
Hudson
15 anos atrás

Agora vejo q nosso esta caminhando a ser uma superpais um imperio militar e para isso temos q começar por dentro pacificar nossas areas carentes!

Marcus Piffer
15 anos atrás

Acho que o título do artigo ficaria melhor se fizesse referência às Operações de GLO e não operações urbanas.

Abraços,

João Curitiba
João Curitiba
15 anos atrás

Prezado Antonio

Por problemas legais. Porisso que o ministro Jobim quer regulamentar a matéria.

Saudações

angelo
angelo
15 anos atrás

Fui militar da Infantaria do EB, Policial Militar por 10 anos e atulmente na Polícial Civil por 13 anos. Por experiencia sei que militares não devem se imiscuir em problemas de Segurança Pública. Além dos conhecimentos jurídicos, sociais, psicologicos, uso de armas de fogo e meios moderados da força que devem possuir, devem ter conhecimentos sobre a produção da prova. Militar deve estar permanentemente se adestrando para ações de defesa. Os policiais devem ser treinados para ações junto a população civil, que deve ser protegida. As ações policiais, durante o combate a criminalidade devem sempre ter a constante preocupação de preservar a integridade física da população e não ser feita como hoje é no Brasil. Sou consciente que somos mal-treinados, mal avaliados em nossas ações, corporativistas. Também não deveríamos ser regidos por leis de funcionários públicos comuns. Criterios políticos na nomeação de comandantes policiais, são temerários e onerosos. Necessitamos de equipamentos modernos, serviços de investigação eficientes, nas quais as informações sejam imediatamente levadas ao planejamento do policiamento ostensivo. Isto hoje não existe. Temos polícias separadas, competindo pelos holofotes da mídia, comandantes despreparados e policiais, tanto civis como militares, muito pouco preocupados com a produção de segurança e eficiencia. Muito tem que mudar. O início talvez seja admitir nossas próprias falhas.

Meia-dúzia
Meia-dúzia
15 anos atrás

Por um lado, excelente! Militares amparados juridicamente em Op GLO seria um grande adianto.

Por outro lado, que m****!!!!! Só vai fazer com que os militares sejam cada vez mais empregados em operações tipo polícia, e o preparo pro combate convencial seja cada vez mais esquecido. Vai aumentar o contato das FAs com o tráfico, o que aumenta a chance de corrompê-las.
E mais uma série de outros problemas…

Patriota
Patriota
15 anos atrás

Acho que as forças armadas só deve ser empregadas em meio urbano
em último caso quando existir ameaça a segurança nacional, os policiais é que se virem

Meia-dúzia
Meia-dúzia
15 anos atrás

Lembrando que as FA só podem ser empregadas em Op GLO após esgotados os meios de força do estado, e após o Governador declarar sua incapacidade em controlar a situação… Querem o EB nas ruas, mas não querem dar o respaldo necessário.

Meia-dúzia
Meia-dúzia
15 anos atrás

Ah, e só mais uma coisa, a Operação realizada no Rio de Janeiro durante o período de eleições/campanhas eleitorais não é de fato uma Operação de Garantia da Lei e da Ordem propriamente dita, mas sim uma Operação de Garantia de Votação e Apuração (Op GVA).

Caso discordem, comentem sobre.

Grande abraço.

Noel
Noel
15 anos atrás

angelo, resumindo o q vc disse: reforma total do sistema policial sob a responsabilidade dos Estados. Caso sua idéia seja essa, concordo 100%, pois o sistema atual está falido, e a muito tempo.
Penso(q não serve prá nada)que a fusão das PM’s em uma policia militar nacional, nos moldes dos Carabinieri italianos ou Gendarmerie franceses, nada haver com a Força Nacional como ela é hoje, o modelo americano que é municipal, creio não funcionar no Brasil(muita politicagem local e cidades sempre endividadas), e as Polícias Civis assumindo o policiamento ostensivo, facilitando o investimento dos estados para uma única instituição.
Quanto a essa idéia de uso das FFAA, não há necessidade, vejam que só a PM de SP, é maior que a maioria dos exécito sul-americanos, as PM’s somadas as Polícias Civis de seus respectivos estados; não são diminutas, são MAL PAGAS, mal empregadas, mal capacitadas e principalmente mal administradas, haja visto a quantidade enorme de policiais das duas corporações fora de função(os apadrinhados), por pedidos de políticos ou outras autoridades, e os comandos(PM e Civil) não conseguem, ou tem medo, de reverter essa situação; não faltam tantos policiais assim(genericamente falando), falta é vergonha na cara desses Governadores, que não assumem suas responsabilidades. Finalizando

Noel
Noel
15 anos atrás

Desculpem-me cliquei antes.
Finalizando: paguem, as duas Polícias, um salário pelo menos próximo, ou equivalente, ao pago as Polícia Civil e Militar-DF prá ver como a corrupção diminuiria, em Brasília é mínima, e a motivação aumentaria, além de atrair melhores quadros, pois em Brasília, prá ser da Civil tem que ter curso superior, já elimina um monte de gente, e a PM tá indo nesse caminho, no proximo concurso já irão cobrar nível superior(pessoalmente acho exagero curso superior prá função de soldado).
Sds

Felipe Cps
Felipe Cps
15 anos atrás

Precisava é acabar com essa palhaçada de duas polícias. Ângelo e Noel falaram bem. Assino embaixo.

Pessoal, só uma correção, o treinamento GLO do EB é algo mais anti-motim (anti-riots) do que atividade policial propriamente dita.

Abs.

Danilo
Danilo
15 anos atrás

Com isso a FNSP deixa de existir certo? Se pode por as FFAA pra que ter ela então?

Anderson
Anderson
15 anos atrás

Concordo inteiramente com o que o Angelo e o Noel falaram nos seus posts acima, só discordando em um ponto com o Noel, quando ele coloca que “pessoalmente acho exagero curso superior prá função de soldado”, no meu ponto de vista não acho e mostro porque, vejamos: para você ter acesso na carreira de Agente de Polícia Federal, Patrulheiro da PRF e também em muitos Estados da Federação, estão cobrando Nível Superior para ingresso nas Polícias Civis (de Agente a Delegado, nos mesmos moldes da PF), e não mim venham com teorias de que a PM tem que ser moldada de acordo com a Estrutura do EB, está muito claro que função de polícia é totalmente diferente das Funções das Forças Armadas, essa questão de nível superior está se tornando uma rotina nacional, e só lembrando que espera-se das pessoas que ingressam com nível superior, tenham uma forma com diversos “ângulos” de observarem os problemas, coisa que em tese, as Instituições de Ensino Superior oferecem aos seus alunos.

No que o forista Patriota coloca acima, concordo em parte, quando ele diz “Acho que as forças armadas só deve ser empregadas em meio urbano em último caso quando existir ameaça a segurança nacional” comugo do mesmo pensamento, afinal isso é missão constitucional das Forças Armadas, no entanto achei infeliz quando declara “os policiais é que se virem”, lembro-o que conforme preconiza a CF 88, a Segurança Pública é DEVER do Estado e OBRIGAÇÃO DE TODOS”, ou seja, todos nós como cidadãos somos responsáveis, mesmo que indiretamente, pela segurança pública.

Finalmente expõe minha opinião, serei bem rasteiro, acho que cada um deve ocupar o seu quadrado, missão constitucional das FFAA, patrulhar as fronteiras e zelar pela segurança nacional, acho que é nisso que o Ministro Jobim deveria focalizar, através de conversas com as demais áreas do Governo Federal, para assim, colocar em prática o que propõe a END, dotando a Marinha, o Exército e a Força Aérea de meios necessários para que o Brasil possa se fazer respeitado pelos seus vizinhos regionais e pelos outros paises do globo, se as 3 Forças não conseguem cumprir sua missão, como poderão zelar pela segurança pública, lembrando que policiais são concursados e mesmo assim, muitas vezes sofrem perseguição pela criminalidade, exemplos não faltam, imaginem soldados temporários!

Missão constitucional das polícias militares, policiamento ostensivo, preventivo e quando necessário repressivo. As Polícias Militares estão falhando em sua missão? Se estão, é pelos mesmos motivos na qual as FFAA não conseguem cumprir a sua também, falta de investimento dos Governos na Segurança Pública, como por exemplo: falta de um Plano de Cargo, Carreira e Vencimentos digno para os Praças; condições de trabalho; Escalas de serviço apertadas com serviços extras nas folgas; não sobra tempo para se dedicar a família, proporcionando um lazer, uma educação digna; alto grau de stress do tipo de serviço, MUITO COBRADO POR TODOS, entretanto, pouco valorizado/reconhecido por muitos. No serviço policial temos sempre a preocupação de sempre zelar pela vida do cidadão, sua integridade física, e isso não fácil, o policial está sempre sob pressão, não pode erra, no entanto, as autoridades esquecem de dar o devido reconhecimento para esses SERES HUMANOS, passíveis de erros, tanto no tocante SALARIAL, PROMOÇÕES, ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO, etc.

O Ministro da Defesa, Nelson Jobim, deve se preocupar com as reservas petrolíferas brasileiras que encontram-se em nosso mar territorial, provendo a devida proteção para sua segurança e para a nossa soberania sobre elas, assim como na Amazônia brasileira, como também em toda a fronteira brasileira. E os Estados, com o auxílio do Governo Federal, através do MJ/SENASP, redesenhar a estrutura da Segurança Pública brasileira, unindo as duas Polícias Estaduais (Militar e Civil), e na minha opinião, mantendo-as civis, sendo que uma parte ostensiva (usando farda) e a outra investigativa (sem farda), esse modelo de polícia que temos hoje, tem se mostrado ultrapassado, falido, exatamente pelos problemas já elencados acima pelo Angelo e pelo Noel, deve haver de fato uma integração, investimento, tanto em equipamentos, quanto em treinamento/requalificação de Recursos Humanos.

PS.: Assim como o Angelo, fui militar de Força Armada, só que dá Marinha, trabalhei 05 anos como Funcionário Civil na PMPE e hoje sou Policial Militar do RN.

Aluisio
Aluisio
15 anos atrás

Por um lado,ter o exército executando funções de polícia não é uma coisa boa,mas por outro,como destacado no caso do Haiti,nos dá larga experiencia para combater em guerras de quarta geração,algo que só agora alguns países começam a levar a sério. Olhem bem para os americanos no Iraque e Afeganistão e percebam a surra que estão levando para aprender a travar esse tipo de guerra e comparem com a nossa atuação no Haiti.

Marine
Marine
15 anos atrás

Aluisio,

Vc agora quer comparar Haiti com Iraque e Afeganistao?? Tem do ne amigo…

Surra??! Hmmm…que requisito vc utiliza para afirmar isso? Atricao e numero de mortos dos dois lados? Numero de batalhas ganhas? Terreno controlado? Numero de atentados ou simplismente “achismo” pelo que se via na TV e jornais a 3-4 anos atras??

Amigo, antes de afirmar algo ou dar opiniao, por favor pense e analise teu comentario.

Semper Fidelis!

joao terba
joao terba
15 anos atrás

As guerras futura serão travada em cidades,eu acho que o exercito deve se preparar, os americano estão matando muitos cívis no Afeganistão é só acompanhar os 60minutos da RECORD NEWS.

Meia-dúzia
Meia-dúzia
15 anos atrás

Comparar o Haiti com o Rio de Janeiro eu acho outra burrada. Vai ver a topografia do Haiti, a maioria massiva das favelas está em planos (vide Citè Soleil…), a população reage de outra forma, outra cultura… Não dá pra comparar.

O treinamento do Exército simplesmente NÃO capacita EFICAZMENTE uma Força Armada a atuar como polícia de forma CONSTANTE, apenas em casos episódicos e extremíssimos. Não tem formação direcionada nem material específico pra isso.

Se querem que as FAs resolvam, pois bem! Governador, decrete sua incompetência, solicite ao Pres. da República e, aí sim, as FAs resolvem tudo sem que direitos humanos venham encher o saco de alguém, ou dizer que o traficantezinho foi ameaçado, ou que o consumidor que foi à boca de fumo foi revistado de forma enérgica desnecessariamente…

Marine
Marine
15 anos atrás

6 faco minhas as suas palavras!

Giovani
Giovani
15 anos atrás

O problema é que os conflitos cada vez mais migram para areas urbanas, o crescimento alarmante da violencia com bandidos bem armados com armas de guerra, pode exiger medidas extremas e as Forças Armadas não podem ficar alheias.
Acho que o Exército e os Fuzileiros Navais precisam criar Batalhões especializados em Guerra Urbana, com armas e taticas apropriadas e seu emprego somente em casos extremos. Sempre amparados Juridicamente e conhecimentos dos Direitos Humanos.

Marcos T.
Marcos T.
15 anos atrás

É, o Rio de Janeiro,(tamo falando do Rio, não é?) apesar de ser uma das cidades mais ricas e bonitas do país, se tornou o cançer da nação, a muito tempo as autoridades perderam o controle de cituação por lá.
Fico me perguntando como é que os traficantes tem tanto dinheiro…
Acho que não tem policia ou exercito que arrume essa bagunça sem antes atacar o consumo de drogas, que é quem sustenta toda essa lambança, e parar de sermos hipócritas acreditando no fato de que só o traficante tem culpa.
Particularmente, na minha opinião, o Rio já está em guerra civil a muito tempo, e com certeza as pessoas de bem tão levando a pior nessa.
Ainda querem levar as olimpiadas para lá… que piada!
Todo dinheiro que foi investido nos jogos do Pan, não serviu pra nada.(corrigindo, serviu para encher o bolso de politico corrupto).
Não vo dizer que não existe tráfico onde moro más pelo menos aqui quem manda é a policia.

Meia-dúzia
Meia-dúzia
15 anos atrás

Marine,
Semper Fi!!!

Giovani,

No Exército, já existe uma Brigada de Operações de Garantia da Lei e da Ordem, contando inclusive com o Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem, onde se desenvolve técnica, tática e doutrina sobre o assunto. O Cmdo Bda Op GLO se situa na cidade de Campinas-SP. Eles são dotados de armamento, munição e equipamento específicos para as Op GLO (armas não-letais, bombas de efeito moral, equipamento de assalto – joelheiras, cotoveleiras, coletes de assalto -, e cenários temáticos a fim de treinamento).

Abraço!

Noel
Noel
15 anos atrás

Srs as instituições civis precisam assumir suas responsabilidades, nas três esferas do executivo, coisa que não acontece plenamente no Brasil, aqui temos a mania de chamar o Exército prá tudo, temos exemplos prá todos os gostos; da construção ou reforma de estradas, a vacinação de cães e gatos; sabemos q as FFAA devem apoiar outras instituições, porém, há um certo comodismo por parte de muitas autoridades, pois é mais fácil chamar os milicos com seus meios, como nas crises na saúde pública em vários Estados, do que investir, ou corrigir os equívocos, dos sistema já existente, basicamente estadual ou municipal. Assim é facil governar, toda vez que tem-se um problema, chamem os milicos, depois a crise passa e cai no esquecimento; e isso tornou-se rotina. Nem vou exemplificar mais, pois creio q todos conheçam vários casos, justos ou não.
Nos três Blog’s costumamos pregar o reaparelhamento das FFAA, mas além delas, diversas corporações Policiais vão de mal a pior, elas é que devem ser o meio para a redução da violência, e não o EB. Afinal não é prá isso q existe Polícia, ou não…
Sds

Anderson
Anderson
15 anos atrás

Para essa questão de combate ao crime organizado (traficantes fortemente armados, com fuzis, lança granadas, entre outras armas de uso exclusivo das Forças Armadas), ao invez de ficarmos discutindo para que o EB, juntamente com o CFN, criarem um batalhões especializados em combate em áreas urbanas, repito, deveríamos por “cada um no seu quadrado”. As Forças Armadas se fazendo efetivamente presente nas fronteiras, patrulhando de forma ostensiva, inibindo o tráfico de armas, drogas, etc., seja o patrulhamento por meio marítimo, fluvial, terrestre e aéreo, desta forma, não teremos armas de calibre adequado para FFAA, produzidos de fato para serem utilizados em guerra, nas mãos de traficantes e grupos criminosos. As Polícias por sua vez, devem ser bem aparelhadas, treinadas, para que dessa forma possa de forma efetiva cumprir sua missão constitucional, essa questão que o forista Meia-duzia colocou, no post acima, onde ele comenta “Se querem que as FAs resolvam, pois bem! Governador, decrete sua incompetência, solicite ao Pres. da República e, aí sim, as FAs resolvem tudo sem que direitos humanos venham encher o saco de alguém, ou dizer que o traficantezinho foi ameaçado, ou que o consumidor que foi à boca de fumo foi revistado de forma enérgica desnecessariamente…”, concordo em parte, porém, se também autorizarem as Polícias resolverem dessa forma, tenham certeza que será resolvido, pois não precisa cumprir acordos e tratados internacionais dos quais o país é signatário, também, não precisa cumprir os direitos constitucionais que todo brasileiro tem, independente dele ser criminoso ou cidadão de bem. Entretanto se as Forças Armadas forem empregadas, de fato, no cumprimento de sua missão constitucional, estabelecida na CF 88, preservação da segurança nacional, patrulhamento de fronteiras, inibindo ações ilícitas em regiões fronteiriças, as polícias faram sua parte, em seu âmbito de responsabilidade. Claro que, ambos, devem receber os meios adequados para o cumprimento de sua missão, seja equipamentos, seja salários, ou qualquer outro fator que acarrete em uma alto estima do Profissional Militar. Não podemos utilizar as Forças Armadas como fator repressivo (combate urbano), mas sim, como fator preventivo (ações fronteiriças, seja marítima, fluvial, terrestre e/ou aérea)

angelo
angelo
15 anos atrás

Anderson

Sou policial no RS, infelizmente nossos problemas são semelhantes. É muito complicado trabalhar com uma viatura ano 1998, sem assistencia mecânica, sendo que das 4 portas, duas so abrem pelo lado de fora, os vidros não fecham etc. Usar armas que não recebem manutenção, ou material para que nos mesmos posssamos fazer pelo menos a manutenção básica. Formação superior? Excelente, aqui na PC já é adotada a alguns anos e melhorou sensivelmente o nível de eficiência. Só me preocupo quando vejo em alguns foristas essa visão de resolver a questão da violência a “qualquer preço”. Polícia sem respeitar direitos humanos, sem seguir rígidamente o princípio da legalidade, acredito que é melhor nem existir. Não precisamos de policiais truculentos, ignorantes e que usem o famoso “Sô autoridade”. Felizmente esse tempo já passou e não precisamos que volte. O bom policial deve conquistar a confiança da população, daquelas pessoas por quem tem de zelar e não matar 4 ou 5 e posar para fotos da mídia ao lado de cadáveres, como temos visto seguidamente na mídia. Sem a confiança da população e das informações que ela nos passa, invariávelmente o trabalho será mal feito. Policiais não devem ser treinados para matar, arrasar casas e vilas, bordearem civis, serem autores de “fogo amigo” ou “danos colaterais”. As funções são totalmente diversas, assim como nós policiais não estamos aptos a desenvolver as ações típicas das Forças Armadas. Abraços.

angelo
angelo
15 anos atrás

Correção: “bordearem”, leia-se bombardearem. Desculpem o erro de digitação.

Anderson
Anderson
15 anos atrás

angelo, pois é, a um enorme vácuo entre as atribuições de Polícia e Forças Armadas, e na minha opinião esse modelo adotado em Segurança Pública com duas Polícias distintas, é extremamente ultrapassado e falido, não há um integração de fato, elas brigam entre si, só para aparecerem mais na mídia, e de quem é a culpa? É nossa, policiais civis e militares? Não!!! A culpa é nossa, enquanto sociedade, que não cobramos ou votamos corretamente em políticos sérios, que sempre votamos nas mesmas caras, aí não adianta cobrar de nós, policiais, como o angelo bem colocou acima, essa é a realidade das polícias brasileiras, estão sucateadas, mal pagas, mal aparelhadas, mal treinadas, mal…, mal…, mal …

As Polícias estão na mesma situação das Forças Armadas, por isso acho que ao invés do Ministro Jobim, ir procurar mais serviço para as FFAA, deveria sim, lutar por mais recursos e que os recursos que fosse destinado ao MD, não sofressem contigenciamentos, as FFAA cumpririam a sua missão e indiretamente ajudaria e muito na questão da Segurança Pública (tráfico de armas, drogas, etc.), combatendo esses ilícitos.

E os Estados deveriam dar mais atenção as Polícias, equipando-as, treinando-as, pagando melhores salários (pois colocamos a nossa vida em diariamente, na defesa de outrem), afinal quando o Estado não chega nas áreas carentes (favelas/morros) com a Educação, Saúde, Saneamento Básico, Emprego, enfim, com o que o Estado deveria, de fato, proporcionar aos cidadãos, pois a partir dessas etapas chegamos com uma Segurança Pública de fato, observamos, corriqueiramente através da mídia, que o Estado só consegue chegar nessas áreas através da Polícia, com ações repressivas, e não preventivas, que seria a ideal, não expondo toda a população, dessa forma observamos sempre que a POLÍCIA sempre é a culpada, sai sempre como o PATINHO FEIO DA HISTÓRIA.

Jaique Sparro
Jaique Sparro
15 anos atrás

MUito bom que de vez em quando ocorra temas desse tipo que afigem a todos os brasileiros.
O grande problema da segurança pública é que são vários problemas,a começar pelo modelo adotado no país pós-ditadura,manter uma polícia militarizada que é força auxiliar e reserva do EB,pra quê??
Já passou da hora de corrigirem essa loucura e extrema burrice,por mais que as PMs tentem imitar em ritos e modo operacional do EB,nunca vão conseguir, a guerra mudou vence quem tem o melhor e está melhor preparado e não quem tem mais. Achar que as PMs são forças militares porque combatem o crime ou tem grupos que invadem favelas e são treinados mais duro que o exército de Israel,não condiz com a realidade belicosa do meio militar.
Guerra é Guerra,não é enfrentar um bando de bandidos despreparados e se achar militares porque usam roupas camufladas,sobem o morro ,tem grupos especiais com nomes bonitos e etc.,é enfrentar soldados profissionais e bem equipados(dependendo do país,é claro).
Usar o EB pra entrar em favelas requer um estudo e todo um preparo,pra acabar não acontecendo de o nosso EB sair com a imagem arruinada e sem politiquismo.
A União tambem é culpada ,pois não faz nada pra mudar o art.144 e acabar com o exclusivismo e monopólio do Estado que através das PMs é responsável por toda a seg .pública no país.
Já passou da hora de haver mudanças profundas na CF, pra mudar e corrigir os erros desse artigo tão importante e tão mal redigido pelos constituintes de 88.
Não podendo a seg.pública ser una e sim de responsabilidade da UNIÃO ,ESTADOS E MUNICÍPIOS.